Impressões Profissionais
por Débora Martins
Há cerca de dez anos fui funcionária numa multinacional do ramo de TI. Confesso que era muito bom trabalhar naquela empresa, pois o tempo todo se aprendia algo novo.
Tínhamos que ir a feiras e eventos da área quase todos os dias. Nossas mesas eram repletas de revistas (Linux, Www, PCMagazine, Exame, entre outras), líamos todas e não paravam de chegar e-mails com convites para cursos e palestras. Era muito bom.
Algumas pessoas cresciam e se desenvolviam muito bem lá dentro, já outras não suportavam uma semana. Pois é, muitos colaboradores não se adequavam a ter de ouvir do chefe a seguinte frase “É pra ontem!”.
Tudo naquele lugar era para ontem. Vejamos:
A água do bebedouro está acabando; mande alguém trocar, porque é pra ontem. Precisamos apresentar o projeto de terceirização, então necessito de três apresentações em PPT e é pra ontem. Contratação de pessoal é pra ontem. Estande na Comdex é pra ontem. E assim por diante.
O mais engraçado da história é que ninguém questionava. Geralmente, depois de ouvir um “é pra ontem”, as pessoas cabisbaixas saíam da sala com aquela sensação de urgente urgentíssimo e corriam atrás do lucro .
É óbvio que, na maioria das vezes, o trabalho sai uma caca.
Um dia decidi encarar o chefe e expus da seguinte forma: “Perdoe-me, mas ontem já passou, qual o novo prazo que o senhor me daria em dias ou horas para a execução deste trabalho?”.
Ele, entre risos, respondeu: “Menina, isso é modo de falar. Faça rápido senão te mando embora, viu?”
Hum... Então era só modo de falar. Simples assim!
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Débora Martins é jornalista, consultora e palestrante organizacional com ênfase em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento de Talentos.
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tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e
ResponderExcluirtempo de falar;
Eclesiastes 3:7
A paz
Oi Débora
ResponderExcluirÉ bem por aí. Modo de falar...Esta semana fui chamado no meio de minhas férias para realizar um trabalho urgente (prá ontem!). Entrei as dez da noite. Saí às seis da manhã e, apesar do sono, fui chamado novamente às dez horas para "terminar o serviço."
Detalhe: o trabalho que era para ser feito em uma semana, foi feito em dois dias.
A pergunta é: Será que ficou tudo certinho?
Eu duvido! Só quem passa a noite em frente ao computador pode dizer isso.
Então, em tempos de crise é melhor não reclamar, pois o chefe tem toda a razão.
Abraços.
Infelizmente, formam-se mentes com ideais de gestão e refiro-me essencialmente à gestão de tempo e de projecto, mas na prática são poucas as empresas que conseguem por estes conceitos em prática, o que a sociedade ilusoriamente exige faz-nos pensar e exigir para ontem o que na realidade podia ser feito amanhã, ou até já estaria feito ontem se a gestão estivesse adequada.
ResponderExcluirQuando estive num projecto onde tudo era para ontem, os directores de alguns departamentos bem ficaram a sentir que esquecimentos levam a perda de prioridade.
Abraços saudações joviais e paz,
Philo Philos Pachem