terça-feira, 2 de outubro de 2007

Traiçoeiros. Sim, eles existem!

Bons tempos de faculdade... Nossa, quantas saudades... Ô pessoalzinho danado, aquele!
Na época eu era amiga da sala inteira, dos mais de quarenta alunos, com exceção de um tipinho, sabe, daqueles roqueirinhos que andam de sobretudo num sol de 40 graus... É, eu bem que tentei, mas nosso santo não batia. Tinha cada figura. Alguns bem legais, outros meio fechados, e dois ou três que até hoje são caros ao coração.
Depois de algum tempo tive a oportunidade de reencontrar algumas destas figuras, e tudo estava mudado. Alegrei-me, pois todo mundo tinha muitas histórias para contar, afinal sete anos já se haviam passado.
Um deles, que inclusive tem a mesma idade que eu, surgiu do nada e me pediu uma oportunidade de emprego. É claro que eu o recebi com os braços abertos. Por mais que minha intuição dissesse para não confiar, minha amizade me cegava.
Dei a oportunidade que procurava, afinal o sujeito não tinha evoluído um triz em sua carreira nos últimos anos; muito pelo contrário, o fulano estava regredindo.
Investi na pessoa, treinei, apoiei e coloquei minha mão no fogo.
De fato, ele estava conseguindo fazer um bom trabalho dentro de suas limitações, mas sem apresentar perfil de liderança. Foi aí que a coisa pegou. Logo você percebe quando uma pessoa não consegue guardar segredo e não tem controle sobre sua equipe. Mesmo assim, sou da turma que reconhece um bom trabalho, e numa tarde estava eu em frente a uma vitrine de loja escolhendo um belo e caro relógio para presenteá-lo.
Será que ele merecia? Senti os sinais e os ignorei.
Nos últimos dias, o sujeito mentia deliberadamente e aplicava uma conversa do tipo amigo conselheiro, porém sem olhar nos olhos e sem contato físico. Será que havia algo de errado? Pois é, não deu outra. O fulano estava preparando uma “caminha de gato” para quem o acolheu.
Bem, o final desta história você já pode deduzir.

Quantas e quantas vezes ajudamos pessoas que acreditamos conhecer, e de repente a vida nos surpreende, revelando a verdadeira face delas. Esta é uma história real que neste momento pode estar acontecendo aí, dentro de sua empresa. Será que o personagem traiçoeiro está errado? Para uma sociedade que prega a inversão de valores parece que ele está agindo certíssimo; afinal, no mundo dos negócios vale tudo, não é? Não, enquanto o ser humano continuar agindo desta forma a nossa sociedade só se afunda. Hoje ninguém confia em ninguém, e a tendência é só piorar com o passar do tempo. É por causa de pessoas assim que as portas se fecham.
Precisa de um emprego? Sinto muito, aprendi uma lição.

Um comentário:

  1. Oi Débora, nossa como já passei por isto. Quando mais nova com meus vinte anos, fiz amizade com uma colega de trabalho na primeira empresa que trabalhei e infelizmente reclamei do chefe para ela, puxa ela foi lá e contou para ele, fui demitida. Os anos se passaram, fui trabalhar na Transição do Governo em 2002, uma pessoa que fiz amizade. A Transição acabou e ficamos desempregadas, fui a luta e consegui se admitida na Presidência da República, nossa como ela me pertubava para conseguir algo e porquê ela não ia atrás? Bom fiz minha parte e ajudei. Logo depois ela foi exonerada, como me enchia a paciência e me ligava direto nas horas que eu mais estava ocupada me pedindo para trasnferir ligações para ela. Eu fazia.....Alguns meses depois ela retornou para a mesma secretaria misteriosamente, e logo depois minha filha recaiu de leucemia e tive que me afastar, qdo fui pedir para ela transferir algumas ligações, prontamente ela me respondeu que não podia pois tinham cortado. Bom o certo é deixarmos amigas por onde passamos e eu havia deixado também pessoas que eu poderia contar nestas horas, era tudo mentira dela, hoje me afastei. Qdo retornei ao trabalho outra apunhalada, lá fui cair na velha armadilha do passado, uma colega novata reclamou do chefe e eu disse que ele realmente era bastante cansativo, mas tinha suas qualidades, bom o que prevaleceu foi o cansativo, não deu outra, tinha vinte dias que tinha perdido minha mãe, estava exonerada...dois anos se passaram e não trabalho mais, pois esta minha filha Amanda que citei ficou tetraplégica e sem falar por erro médico há quatro anos, então fico com ela, se perdi nesta história? Esta pessoa que citei primeiro não tenho mais contado direto, mas todas vezes que fico sabendo dela sempre como uma pessoa que reclama muito. A outra....bem tem passado a mesma coisa que passei...uma amiga me disse que ela chegou a citar que eu tinha razão....confiar? Jamais, aprendi a lição, e hoje faço o dever de casa sem pular uma questão, com todos analiso como falo e o que vou falar.. segredo deixa de ser segredo qdo contamos para o outro, então a melhor forma "boca fechada não entra mosca"
    Abraços fraternos,
    Solange

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