Impressões Pessoais
por Débora Martins
Aqui, em São Paulo, há uma rua chamada Barão de Itapetininga. Nossa, ela existe desde 1800 e alguma coisa. Liga dois pontos importantes da cidade, a Praça da República e o Viaduto do Chá/Praça da Sé.
Eu já andei e ainda ando muito por esse pedaço. Hoje em dia, vou a passeio, olhando vitrines, artistas de rua e matando saudade de minha adolescência. Entretanto, já passei por lá em alguns dias não muito agradáveis. Há homens-placas que ficam de pé o dia todo anunciando vagas.
No número 140 dessa rua, fica um conglomerado de agências de emprego. E funciona assim: depois de enfrentar uma fila enooorme para pegar o elevador, você desce o prédio todo de escadas (não me lembro quantos andares) para distribuir seus currículos, ou ainda, em alguns casos, preencher uma ficha. Afe! Hoje a gente ri, mas na época chorava...
Percebo que hoje, o presente, é muito melhor do que ontem, e isso me dá a certeza de que será melhor ainda amanhã, no futuro.
Na periferia acontece um ritual muito importante quando uma pessoa constrói sua casa, na maioria das vezes, com as próprias mãos. A parte mais difícil é colocar o teto, isto é, encher a laje. Daí precisa ser um domingo de sol. Tem que chamar todos os seus conhecidos para fazer uma força-tarefa. Às 13 h o serviço está pronto. O dono da casa não tem como pagar os trabalhadores, então, faz uma deliciosa feijoada como forma de gratidão. Todos ficam satisfeitos, inclusive o dono da casa.
Portanto: Antes de comer a feijoada, temos que encher muita laje nessa vida.
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Débora Martins é jornalista, consultora e palestrante organizacional com ênfase em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento de Talentos.
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