segunda-feira, 16 de outubro de 2006

O terno do Bruno

Impressões Profissionais
por Débora Martins


Chega um momento na vida em que você precisa comprar um terno. Sabe, uma roupa melhor, algo mais formal.
É quando a gente cresce e começa a freqüentar outros lugares onde já não dá mais para ir de calças jeans e camiseta. Tudo bem, você pode até se arriscar, mas não tem jeito, você tem que estar bem vestido.
Daí surge a necessidade de visitar uma loja e gastar um dinheirão com aquela roupa chata.

Sem muito conhecimento no ramo, precisamos de ajuda para escolher o que nos cai bem. Um vendedor experiente e simpático pode ser a salvação neste momento. No entanto, quando o contrário ocorre torna-se experiência muito desagradável.
Pois é, isto infelizmente aconteceu com o Bruno.
Ainda adolescente, Bruno precisava comprar um terno para usar durante a Semana Acadêmica de sua universidade, afinal ele era membro do diretório acadêmico.
Bruno, então, experimenta o terno com a ajuda do vendedor.
Diante do espelho observa o caimento da roupa e diz: “Nossa, como ficou bom!”. Porém, sem perceber cometeu um erro gravíssimo aos olhos do vendedor.

Bruno abotoou o último botão!!!

O vendedor não teve dúvidas, e a partir daí começou a tratá-lo com hostilidade. Deu-lhe uma bronca e um péssimo atendimento.

Ai, ai, ai precisava desagradar o vendedor, Bruno?

A maioria de vocês não conhece o Bruno, ele é estudante de Administração da Universidade Federal de Santa Maria – RS; é um rapaz muito educado, bonito e, principalmente, inteligente.
Eu o conheci numa palestra que fiz em sua universidade.

O que o futuro reserva para Bruno ainda não sabemos, mas faço votos que ele seja um grande administrador de empresas.
Já com relação ao vendedor, bem, neste caso vejo um futuro nebuloso.
Subestimar a capacidade de compra do cliente é uma idéia no mínimo atrasada. Mais retrógrado ainda é exigir que o cliente saiba regras e condutas ditadas pela moda ou sobre coisas com que ainda não manteve contato.
Uma experiência de compra deve ser prazerosa, e não traumática.
O que o cliente não sabe o vendedor deve contar e ensinar carinhosamente.
Afinal, quantos ternos Bruno comprará nos próximos anos?


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