por Débora Martins
No último dia das mães eu estava lisa. Não que eu tenha feito chapinha no cabelo, não. Estava zerada, desprovida, dura, duranga, sem nenhum tostão furado. É, isso acontece!
Mas, como você sabe, mãe é mãe, e aparecer neste dia sem nenhuma “lembrancinha” é lamentável.
Sem saída, fiz uso de todos os meus dotes e habilidades no photoshop para produzir um cartão. Com papel fotográfico criei balões coloridos com fotos de meus irmãos e sobrinhos.
Dei um jeitinho e comprei um vaso de lírio para não chegar de mãos abanando. Durante o percurso até a casa de minha mãe, o vaso, que estava sem apoio adequado, conheceu cada canto do meu carro. O saldo foi um estofamento coberto de pólen e uma planta sem flores.
Definitivamente, aquele não era meu dia.
Bem, se minha mãe gostou do cartão acho que nem preciso falar, agora com relação à flor... apenas um sorriso.
Seis meses depois o lírio finalmente voltou a florescer e minha mãe agora é só alegria. Ufa! Eu acho que fui perdoada.
Acho que não há mágoa que resista a um belo lírio lilás - como se coração de mãe guardasse mágoa!
Embora nossas vidas sejam corridas e os altos e baixos nos coloquem em situações difíceis, sempre poderemos contar com as pessoas que nos amam. Lembre-se disto!
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