Arlindo tinha uma pequena fábrica de caixas de papel. Como sua produção era muito pequena, a coisa era feita de forma caseira e havia poucas chances de o negócio dar errado. Só que, por mais que Arlindo não quisesse, sua empresa tinha que crescer. Afinal, os clientes de Arlindo não paravam de comentar com outras pessoas sobre a qualidade dos produtos confeccionados em sua fábrica. Com muita resistência Arlindo decide contratar outros funcionários. Sem experiência em processos seletivos ele optou por caras boas e currículos bem redigidos.
Algum tempo depois a fábrica se tornou indústria, e já tinha em seu quadro de funcionários mais de duzentos colaboradores.
"Arlindo", a esta altura, já estava ficando “Arfeio” de tanta preocupação com a qualidade.
Na linha de produção tinha uma turminha literalmente do barulho. O pessoal era econômico quando o assunto era trabalho. Gostava mesmo de bater um bom papo. Um deles, o Paulo, até fazia uma batucadinha nas caixas de vez em quando. Sem contar o telemarketing que parecia um Centro de Convenções, onde todo mundo ficava de pé, rindo, e o telefone tocando, tocando,tocando... Só faltava um garçom pra servir os canapés.
Tudo isto tirava o sono de Arlindo, e também do seu gerente geral pois agora ele já não controlava tudo sozinho.
Até que um dia, depois da reunião mensal, surgiu a brilhante idéia de terceirizar a produção. Pense nas vantagens:
Redução da estrutura organizacional
Redução de custos, inclusive tributários
Redução do número de assalariados
Redução da mobilização sindical dos empregados
Agilização nas decisões e ganho de tempo para gestão de negócios
Diminuição do desperdício
Globalização
Aumento da especialização
Com certeza essa era a melhor opção.
Passado alguns meses e feitos pequenos ajustes tudo estava funcionando muito bem. Até que um dia Arlindo recebeu uma carta de um de seus mais fiéis e antigos clientes, reclamando sobre a queda na qualidade. Hum... Isso fez Arlindo se voltar imediatamente para o terceiro que contratara. Fazendo uma visita à empresa, Arlindo encontra dois de seus ex-funcionários disseminando entre a nova equipe os mesmos comportamentos que tinha em sua empresa.
“Xi! Será que valeu a pena?” - Disse Arlindo.
Esta é uma história verídica cujos nomes dos personagens foram trocados.
Não sou contra a terceirização!De forma alguma.
Seria muita burrice da minha parte ser contra a terceirização, pois essa é a saída para muitas empresas crescerem e expandirem seus negócios.
Só uma visão completamente míope do mercado para afirmar que terceirizar não é um bom negócio. Para as empresas que pretendem terceirizar as vantagens que mencionei acima são reais. Dependendo do setor que sua empresa decidir terceirizar você se sentirá no céu pois, apesar dos riscos, não terá tantas preocupações como in house. Já em outros setores como atendimento ao cliente, cobrança e suporte técnico o controle tem que ser redobrado.
Já terceirizou?
Então cobre das prestadoras de serviços condições indispensáveis para que a imagem de sua empresa seja preservada.
Os prestadores de serviços devem contratar profissionais adequados e, principalmente, que se enquadrem no perfil de sua empresa.
Estes profissionais devem receber treinamento constante a respeito dos produtos/serviços de sua empresa (treinamento operacional) além de treinamento comportamental e de qualidade (treinamento técnico).
Os terceiros devem atender seus clientes (no contexto geral) com o mesmo padrão de qualidade.
Os recursos de infra-estrutura devem ser superiores ou iguais aos que sua empresa possui.
A exigência de qualidade deve constar do contrato.
Como diz Antonio Suárez Abreu – “Quem não tem cão melhor não caçar porque gato só atrapalha”.
Pense nisso!
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