quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Falta de Preparo Tem Cura: Educação!

"Se cada um varresse a calçada de sua casa, no fim do dia a rua toda estaria limpa."
(Jean Vien Jean)

por Débora Martins

A sociedade atual tem sido palco de discussões cada vez mais polêmicas sobre a qualidade dos profissionais que atuam nas organizações. De um lado os profissionais reclamam da falta de oportunidades, em contrapartida as empresas lamentam a falta de preparo.
Fato que só vem a crescer a cada ano, quando as instituições de ensino despejam no mercado inúmeros jovens formados que necessitam de colocação.
As mudanças na sociedade exigem adaptações constantes do contexto organizacional e afetam, fundamentalmente, o comportamento e a inserção do ser humano nas organizações e nas relações de trabalho. Vale lembrar dos não formados, que também perecem nesta busca.
Trata-se de um ciclo evolutivo. Primeiro o ser humano atravessou a Era Agrícola, depois a Era Industrial e, aproximadamente de duas décadas para cá, evoluiu para a Era Tecnológica. Assim, fica evidente que só acompanha estas mudanças quem estiver em constante evolução.
Por isso, a necessidade de melhor preparo dos colaboradores é exponencialmente crescente.
É importante entender que as organizações cobram do colaborador, pois o mundo mudou e o paternalismo acabou. Logo, as empresas descartam sem piedade os colaboradores menos rentáveis e, em contrapartida, os melhores profissionais são disputados incansavelmente pela concorrência.
Também é importante entender que trabalhar não é algo ruim, idéia constantemente imposta pela mídia. Trabalhar é algo positivo, é bom e contribui para a formação do caráter do ser humano, além de ser uma fonte de satisfação pessoal e auto-realização.
Mas, quem é responsável?
Procurar um culpado para o problema em questão é como dar um tiro n'água. Trata-se de um ciclo onde, indefinidamente, estaremos em busca da resposta.
Hoje se busca resgatar os valores humanos para que eles possam ser exercidos no ambiente organizacional e, assim, serem convertidos em valores e resultados operacionais. Descobriu-se que ainda é possível acreditar e investir no ser humano. Ainda é possível instituir procedimentos, estimular comportamentos, propor mudanças e motivar.
Educar o colaborador talvez seja o caminho.


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