quarta-feira, 1 de julho de 2009

Só resta o amor

Impressões pessoais e profissionais
por Débora Martins

Você presentearia com um marcador de páginas uma pessoa que não tem o costume de ler? A maioria das pessoas provavelmente responderia que não, afinal seria um presente inútil se analisarmos logicamente esta situação. Em outras palavras, seria um total desperdício de tempo e dinheiro; e, digo mais, a pessoa presenteada poderia até se sentir ofendida.

Entretanto, esse mesmo marcador talvez representasse um convite amigável a um mundo novo e extraordinário. Mas, para que isso efetivamente aconteça, é preciso estar com o espírito desarmado.

Quando passamos a maior parte do tempo nos defendendo ou querendo levantar fortalezas em nossa volta, ficamos completamente reativos a qualquer tipo de proposta, mesmo as favoráveis ao nosso crescimento.

Algumas vezes podem nos faltar recursos para presentearmos uma pessoa querida ou pode ser que ocorra o inverso: não recebamos nada. Porém ainda resta o amor. Quando nos faltarem os recursos materiais, nos faltar criatividade e mesmo assim precisarmos compartilhar, perceberemos que ainda resta o amor.

O amor representado por aquela visita no final da tarde, por aquele cafezinho, por uma mensagem que chega desinteressada só para saber se as coisas estão bem. Trocar afetos, interessar-se pelo próximo e ser gentil parece ter se tornado algo sem nenhum valor.

Observando alguns padrões de comportamento, percebemos que os afetos se tornaram consumidores de tempo; o mesmo que seria mais bem empregado em coisas tão abstratas e efêmeras como as relações virtuais, por exemplo. Infelizmente é o que compreendem algumas pessoas.

A questão é que vivemos tempos em que os relacionamentos se tornaram utilitários, em que as pessoas se encostam uma nas outras somente a fim de subtrair algo: material, energético e espiritual.

Seja bem-vindo ao que chamo de “efeito Kombi”, pelo qual, para conviver em sociedade, é preciso ser utilitário, robusto, estar disponível e com as portas abertas para que tudo entre e possa ser carregado (com baixo custo) para cima e para baixo, de um lado para o outro. Ah! Já estava esquecendo: se for usado dentro das especificações-padrão, pode durar por um longo período.

Ainda temos a capacidade de amar e trocar afetos hoje! Respeitando a opinião do próximo, sendo gentis e, sobretudo, menos egoístas. Quando tudo acabar, ainda restará o amor. Pense nisso!

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Débora Martins é jornalista, consultora e palestrante organizacional com ênfase em Gestão de Pessoas e Desenvolvimento de Talentos.
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